terra e marte.
em um havia chão
no outro espaço
pra mais além
lacunas
.....................
e desde aí nunca mais se ouviu flautas
se teve
uma única doce
entonava gemidos marfim
ao mar sem fim enquanto
terra afundava-se na areia
e marte se banhava.
molho terra
ou seco marte?
minhas mãos entoalhadas ficaram
e não pude afundar água ou falta dela
?
onde estarei?
já nem sei mais
depois desses dois, minhas pernas queixaramn-se de frio
e gélido quedou meu pulmão
marte pôs-se a assoprar
bafo quente
e terra: fina brisa
quem me consome?
dou-te tapas no bumbum, deixe de tolice!
- prometi a um dos irmãos
só não lembro qual...
e tive prantos e convulsões
de espasmar bebendo líquidos
de espalmar grãos finos secos
que dilema inútil
e vagavam os dois pelo meu ventre
desde antes de se formarem
em colunas de vai e vem golfados
de nojo.
de prazer.
e desde sempre nunca se ouviu palmas
com tanto ardor.
com dissabor.
serei a tua fina tenda
que te proteje da borrasca
e do sol inferno a escaldar?
serei tua grossa rede
que arrasta a tempestade
e retém migalhas sobre teu fio
e entre eles completou-se um ano
de se quedar.
de se subir.
e terra ficou.
e marte se foi.
mas sempre se tocaram
de alguma forma estranha ou mística
e não soube onde parar
e fiquei entre
finquei estáticas no meio
até esperar terra flutuar
até esperar marte pesar
.
sábado, 20 de junho de 2009
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