de fogo que se perde em isqueiro
caneta rubra de pouca tinta
talvez alguns suspiros
do tremor fervor entrecantos adjascentes
vumbora passear?
um dia quem sabe
terei más ilusões
?
serei átrio vazio cheio de eco
memória de tempos perdizes
e constelações de abril
será open the door
?
entrecortadas curvas tangentes do alvorecer
quimeras públicas
?
sorte aos sortilégios e sofreguidões
já me sinto nem
sentia
pois que o diga
sopa de letras ao chão
lama lambe cachorro
e tudo pára.
.
há recomeço de certas travessas
ortogonais múltiplas
e entrecruzadas
teia de aranha em casa velha
sapatos encardidos do caminho
cantarolavam pássaros
verdes vinis viscosos
naquele dia
àquele
num sei de onde voltar
onde parar
se um mergulho é fundo
talvez daqui dê pé
dá o pé louro
?
divaga ações
in(sustenta...)
inócuo
ósculo vazio de não me toques
separa-se
fim
começo
?
?
deliraria
e torno ao terço
é de se querer mais até vômito
ou golfos pálidos em sã consciência
?
vacâncias
o branco branco da falha da tinta
o esgotar gota
demasiado
sua seca língua de papagaio
ralos de extra-luz e seminovas
cadentes pontos imaginários
rápidas vertentes e decorrentes
de onde tudo falha
e acaba
encerra tinta
?
?
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
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