terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

de fogo que se perde em isqueiro
caneta rubra de pouca tinta
talvez alguns suspiros
do tremor fervor entrecantos adjascentes
vumbora passear?
um dia quem sabe
terei más ilusões
?
serei átrio vazio cheio de eco
memória de tempos perdizes
e constelações de abril
será open the door
?
entrecortadas curvas tangentes do alvorecer
quimeras públicas
?
sorte aos sortilégios e sofreguidões
já me sinto nem
sentia
pois que o diga
sopa de letras ao chão
lama lambe cachorro
e tudo pára.
.
há recomeço de certas travessas
ortogonais múltiplas
e entrecruzadas
teia de aranha em casa velha
sapatos encardidos do caminho
cantarolavam pássaros
verdes vinis viscosos
naquele dia
àquele
num sei de onde voltar
onde parar
se um mergulho é fundo
talvez daqui dê pé
dá o pé louro
?
divaga ações
in(sustenta...)
inócuo
ósculo vazio de não me toques
separa-se
fim
começo
?
?
deliraria
e torno ao terço
é de se querer mais até vômito
ou golfos pálidos em sã consciência
?
vacâncias
o branco branco da falha da tinta
o esgotar gota
demasiado
sua seca língua de papagaio
ralos de extra-luz e seminovas
cadentes pontos imaginários
rápidas vertentes e decorrentes
de onde tudo falha
e acaba
encerra tinta
?

?