sexta-feira, 27 de novembro de 2009

parésqui já te sentia
pares que ímpares duvidariam
de se ter nota
de se ter porta
marmota comporta toda torta
um piano dentro de sua barriga
e sofre dores de som e desamor
diz amor e saem notas
e não consegue louvar mais que cordas teclado e cauda
sinfonia de desagrado tênue
exasperação inata
senti na pele vibrações
sentina e pelos vi brações
debulharem
e despenquei merdas originais
nada
tudo cópia da cópia
talvez porque houvéssemos
nos encontrado
anterior ao anterior
sentido no sentido
posição de sentido
comedido
como é dito
vou fugir pra lugar nenhum,
quer ir comigo?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

desapegue
desse cheiro
de acordo acordo
com duas manivelas na mão,
e na outra pinga.
rebobinei o dia
as claras clarabóias que já flutuavam
e não achei fins
e não quedei
e não consumaram...
das folhas que pinga pinga do outro lado
da outra mão
cortiços inabaláveis sustento palafitas pobres
gotejou
de outra forma como seriam cândidos bramidos de o(dor) ofegante
nem lembro do fôlego
nem lambe a corja
de cadelas decaídas
de unhas extrapoladas
e passos finos de odor odor
dez passos dados ao norte rumo ao
despacho prato, que pato? o pato. ah!
o pato!
e a brincadeira continua
de onde começaram brisas
já nem se vê tempestade
ranger de casas fábulas e trovões
clima mórbido de gelar estrelas
e inquietações




sábado, 14 de novembro de 2009





fio d'(et)erno
termo ermo
prazer
reikjàvick é nome de rímel
e lápis lapsos de riscos de se cair só
não te direi mais nada
não te erguerei ao papa
nem me admoestarei pra não me perder em vãos caminhos
vão com a minha
caminha calminha
de se deitar um dia
dois
e alguns mais...
te terei
títere, e constelações
sofregas cairão de tanta mania
má, nia era uma menina q se debruçava sobre as paredes
e não se exaltava
e não dormia
um dia nio, menino travesso de pés ágeis
procurou nia e lhe disse q se desfizesse de tal arma
e branduras percorreram a noite
e árvores quedaram e logo depois ressuscitaram
e os pássaros daqui bateram asas de cristal
e nunca mais se ouviu perversidade
e nunca mais se ouviu desesperança
e o maligno travesso q se alojava pelos cantos escuros
debruçou pé torto e correu caminhos findos
pra não se ver mais
e nio caminho caminha ainda hj e segue trecho e corre atrás das luzes amarelas e lilases
pra vê se vê algo de furtacor



quinta-feira, 12 de novembro de 2009

dessa vez não escapa

da malicia
da caricia
dessa
dessa pressa de se querer sonho alcançado
dessa vez
fujo
fumo
furo
o eixo central das minhas acomodações
quero cambalear trôpego por imaginações
?
inconstâncias de se ter um dia
perseverança desnutrida de
amor
paz
fidelidade
quase caí um dia
desses de se acomodar e ficar quieto
quase fuji
e me retive nas admoestações vazias
é inconsequencia ainda
querer
permanecer
uivar
(`)
a lua já não dá mais
memórias de perturbações e distúrbios
encantos de água que escorre
ao lamaçal vai
inquietações de ex-sólido:
antes, lápide pueril de magnânima água feita gelo
gotejou sobre superfície perfurada
e ganhou rumos de água deslizes de dor
e gotejou
fundo
esgoto
profundo

rumo ao nada

...................................

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

3 de cada
3 dê dadas
tez necada
translocada
transitada
transpassada
noz moscada
voz cansada
de dizer não em sim's
mesmo q se aceite
inda q esse azeite
de oliva extra virgem
em olaias pousem,
delas cairão flores...
claras
cor de rosa
de seus lábios carnudos
seios e partes íntimas
em par te intimidas
de descrever desaforos e desabafos
superado o super up dos folgões e das carícias
com medo tardo tardio e aniquilador
de se esperar um dia
brisa leve q traspasse até a divisão da alma
atravesse espírito
de paz
de amor
e de aflição
daquelas gostosas de se doer a boca

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

onde

tu tá, tatu?
tá tu com a minha sobre asfalto?
medo do vazio
terei dedos anterior ao complemento?
gerei cedo e não consegui o momento
tudo se sabe
a respeito de crinas moles e desgastas
arrombamentos de camisa furada
versos decaídos do estômago

tenho medo
não sei como prosseguir
me ajuda a sustentar os fios, fantoche
já quero me maquiar

será tudo ilusão?
não, quero viver!

mas tudo é rápido se consome
em graça graxa engrossa cachaça
mesmo que por pouco tempo
me dê as palmas de nuvens pra caminhar

soaram de onde?
rápidos cristais pontiagudos em ferir
fujo da angústia
e ela me convém

afasta de mim esse cálice

apegado prego fincou mamute em pata
e de lá nunca saiu
mamute imbecil, ignóbil em tirar fino espinho de entre dedos
que dirá, prego?
resmungarás ranhos de carícia e sangue?
retira de mim a imprecisão
de pisar firme embaixo de sete cabeças
sete mortes: norte sem ilusão
sete esmagos sobre ferida carcomida
sete ribaltas sobre fôlego
sete transformações fulgurais
sete sobrepujadas sobrenaturais
sete vidas: pulo sobre nuvens

sete emanações do bem
sente contrações no ventre
de não respirar mais tão podre pastilha
partilha tua náusea com o agrião
e tenta respirar
?

agirão de fato sobre cabeças hábeis em não querer mais
cabeças hábeis em querer mais se envolver
?
em novelos pré-editados dou minhas calúnias e as reverto em luz
cor de neon
dor em um dom
sinto muito não saber
mas de onde se perde tão facilmente novelos de fugir?
repetirei o ás
tomara que caia toda a mesa
e se espalhem declamações
de abastancia
de num querer mais
suplantar cemitérios
sem mistérios esquinas cortam curvas
e supra-se
insufla-se
bifurcação
pra onde parto e vôo
são conjugações delineadas
sobre tela invisível
e pincéis de algodão.

algo não me convenceu
e me comovi um pouco mais

sábado, 20 de junho de 2009

pari gêmeos:

terra e marte.
em um havia chão
no outro espaço
pra mais além
lacunas
.....................
e desde aí nunca mais se ouviu flautas
se teve
uma única doce
entonava gemidos marfim
ao mar sem fim enquanto
terra afundava-se na areia
e marte se banhava.

molho terra
ou seco marte?

minhas mãos entoalhadas ficaram
e não pude afundar água ou falta dela
?

onde estarei?
já nem sei mais
depois desses dois, minhas pernas queixaramn-se de frio
e gélido quedou meu pulmão

marte pôs-se a assoprar
bafo quente
e terra: fina brisa

quem me consome?

dou-te tapas no bumbum, deixe de tolice!
- prometi a um dos irmãos
só não lembro qual...
e tive prantos e convulsões
de espasmar bebendo líquidos
de espalmar grãos finos secos

que dilema inútil

e vagavam os dois pelo meu ventre
desde antes de se formarem
em colunas de vai e vem golfados
de nojo.
de prazer.
e desde sempre nunca se ouviu palmas
com tanto ardor.
com dissabor.

serei a tua fina tenda
que te proteje da borrasca
e do sol inferno a escaldar?

serei tua grossa rede
que arrasta a tempestade
e retém migalhas sobre teu fio

e entre eles completou-se um ano
de se quedar.
de se subir.

e terra ficou.
e marte se foi.
mas sempre se tocaram
de alguma forma estranha ou mística
e não soube onde parar
e fiquei entre
finquei estáticas no meio
até esperar terra flutuar
até esperar marte pesar
.

terça-feira, 31 de março de 2009

e se...

pé desclaço
encontra-se um só
por q?
.................

sinto flautas em mim
quero além tejo
só consigo ser brega
me nega, por favor.
faz de mim um ás no descarte.
à la carte
problemas...
teu tão complicado...
"hás de querer múltiplas fantasias, hás de fazer mil tarefas"
ei-los sentados à mesa
e a todo instante profetizavam
................................

e agora um pé
neco bordalo, cumpade do nhô camafulô primo da zé benta subrinha de aparecido!
né que ela tinha uns sonhos?
né que ela bordava?
mais do que mil léguas
se passaram céus de catiri,
fruta madura do centro norte sudoeste bacio de águas profundas
.....................
na verdade nem queria banhar nelas...
a(fo)fund(g)ar: meio nau crescente que dá conta de arquivos extraputâneos, e convence tripulantes a se jogarem antes de passageiros ou cargas ou outros bens afins
num quero ser assim.
vendida vitória há sobreposta armada entrecortada entrelinhas não vistas e despercebidas (?)
nem sei
tec tec tecla teclas teclas tu também soas assim suando
sentibilantes, talvez nem veja, mas sei que quando as letra junta elas junta da forma que dé...
....................................
daí num tem escapó
e aí num tem como fugir de falsos históricos protumberantes de metaberrracoseleções
me diz como
?
califórnia dreams era única coisa quista,
afundar nela...
e q...
mesmo que saia na seleção michuruca da página branca do texto ainda não-pré-projeto estimula articular-se entre
?
nem sei
em absoluto acerto a característica eventícia de humanóide desmistificado em parcas ralas entrelinhas sobrepostas
o que falam os vales?
onde te escondes?
tento voltar backspace e num consigo, tende?
............
como córregos dedilhados
dedilho frutas,
maçãs podres
veneno
até meia fruta estrebuchar ex-bagaço da confiança dos aléns
se existem
...................
nessa dúvida que gruda dedo tarântulas comessais resgatadas de fundo abismo
sobem descem veias
plix stop
dn'tstp
now
k
erro ruim
- aposto q se leu rúim. mas é ruim /ruíííííííím/ - bem acochambrada essa fonematization...
.................
pé de chinelo
o cachimbo é de ouro
o ouro é do...
diamante, senhorzinho moço das redondeza que anda fázendo umas aquisiçaum nás fazendinha sem modo de que justificá os moço dás dinherança feita em tár bôrso
.......................
inda num tinha entendido nada
há semelhança e igualdade em tudo q se vê
.......................
será q há têmperas maduras pêras só pra mim
se assim acima quer mesmo te sacrificar
?
eis, question
meio que dividido
em termos sermos ternos seios vênus pousa horizontes
reclames giocônda, de ais, não queres mais...
será qe amoras pousam em qualquer galho?
meditas pelúrias, gioconda, pois da fruta, só frutinhas....
necessárias para a morte desdêmona de dor
....................
aclames falsos de peraís, nunca mais.
acalmes altos de ja vai aí; nem darás.
metaparadoxoesquerdoplanquitosplasmático
verme eu
ver-me-ei
vênus, touch my mouth
and my dreams
................
e que num se acaba de se deixar as expectativas de porra nenhuma se encontrarem em lugar algum.
e se foi a caba que perfurou mapas de exílios tomados por multidões em desmaios de entornos e paixões
?
e se...


baba

sexta-feira, 27 de março de 2009

uma passagem(?)

te procuro nas escritas
ex-cridas
e gritas
respinga
hálito fresco sabor sabor
sobre sob sobe e...
pelos meios
pelos teus
de ouro ou afim
de se penetrar em carne e encravar
pelos finos de tenro sabor
tenue ardor
clamor em cor ordenada
favor me põe engatado
na dor depois canta galo
galinhas e cacarejares
pinto meu: quadro
término do que não aconteceu

terça-feira, 24 de março de 2009

MC Gaspar - mandando...



"Assuntos dispersos, como mandrágoras anatematizadas...
Acalento de esteios, sustentos de seios.
Em meios a preces insanas, cotidianas e profanas,

Clã de loucos desordenados...
Corroem o mais puro d mim!
Porém há rumos prumos
Desconhecidos e ignorados...

Famintos sobem o morro
Caem com a intenção d chegar mais alto
Subdividia mundos em nuvens transportadas pelos ventos
Ofegantes d contra tempo...

Saco a arma conectada ao autofalante
Sonho alto em vôos rasantes
Mergulhando a lama constante
Na ilusão d sermos seres pensantes

Mal capaz, marco a paz
Em um mar capaz,
E nada mais...

Mergulho nas águas afundo.
Batismo de palavras perversas
Avesso do verso vertente
Indigente d palavras roubadas...

Destroços de estrelas caídas
Areias manchadas de lôdo
Traças de um mundo em crise
Adubam os restos do novo.

Sobre a trilha caminho
Sobre o mar navego
Sobre a brisa me elevo
Sobre a terra?
Vago!

Suspiros de suspiros poéticos
Hábito de seres complexos
Canais de sonhos abertos..."



sexta-feira, 20 de março de 2009



olha como deixei a privada:
privada de assuntos
anátemas
mandrágoras
âncoras
me sustento esteios
acalento: seios
meios
creio em deus pai
filho
spirit
expire fun
clã de loucas desordenadas
fixo-me mais alto
carlton dalton ratón
mouse
cause efeitos sobre mim
tridepuradas leis
despudoradas e ex-
saca com o saco
saca arma
ensaca lá
como vá
canovaccio
intracárdio
Sintra má, diz
Paulinha Sintra diz:
há rumos
prumos
gomos
fomos heróis (?)
fita preta tinta
faminto, subiu morros
até sóis além
até voou pra chegar mais alto
mas não conseguiu
caiu anil incapaz
de proporcionar gozo maior
forno e ardor
pomo de adão
comerei mais do que
mar do quê (?)
dos quês infindos
ô mar, quê que é isso!
ar, ter compromisso?
de afogar ofegantes aos contidos
desejos antes: vais infindos
são primos, Ardeca e Ordenhaura
Ardeca, por primeiro respirou o ar de cá
e subdividia mundos em nuvens transportadas pelos ventos de lá
Ordenhaura ordenhava com tal avidez
que se propôs a ser ordenhadora mor
vacas, camelos e cavalos
jumentos um dia (?)
tal pôr do sol tal qual os outros,
porém pouco mais avermelhado
sublime Vírgon,
vírgula firme entre bundas,
encontrou ordenhaura ordenhando
cantando cantou microfone sublime
junco tento erguer
jumento corroer
buracos mais fundos
em quadros, ter nulas
coisinhas e bobagens
nada mais
má capaz
marca paz
mar capaz
marca passo contínuo
de segmentos iguais
litorais e subterrâneos
iôs-iôs informam
vais e voltas sacanas
tranca amas em quarto escuro
esconde tudo que é mais
ex-conde, tudo que jamais
te pedi pesos
foi-se penas (?)



domingo, 15 de março de 2009

entre marços águas
afundo fundo e canaviais
sempre pelo
pelo pele pelação
serei tua
sereia lua
serei a luva (?)
das arenas e areiais
comedido
com medido desprezo
há risos (?)
e outras conversas mais
são celas sais
sais de dentro de onde (?)

tomba estrelas e anda mais

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

sobre caminhos caminho
el camiño
dita hino
da exaltação nossa de cada dia

década títere
e exaltações mais
sonhos d'ouro doutro mundo
dentro: meus, teus, pães nossos de cada dia
ternuras mínimas
suspiros de suspiros poéticos
suplementos mais
más consciências, não!
há malas e cuias
cuia em abundância

há quem bote bote
e bodes mais
ah, quem pode pode
e quem sacode
até espirrar
?

no processo de fabricação da cuia há mijo
mijo e cuia
dá goma. pouco mais
tucupi amarelo mijo
tucuxi tomba o velho e pisa
areia branca com chapéu palha calça camisa pescador
donde vem boto?
há procura, sinhá
donde vem boto?
a procura, sinhá

entre clareiras me arrisquei
intercalei imitações de sentido
sombras de gozo em sonhos
copos tilintam em golfos
espasmos em talheres tortos
a mesa está à porta
posta
de carne humana sobre-
mesa amadeirada
tronco firme
seiva longa após corte
carne pronta: prostar-se
eis lambanças e salivações

noite clarão lua
rio beira paira brisa
chega vai que nem maré
boto come carne boa
deixa o peixe quando sai
d'água mole deita dura mão sobre presa ternura
deita mole e atura altura ao estiar mastro
boto foge some morde isca peixe água torna
boto é boto
num é do reino dos animais

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Texto do/no espetáculo "O Outro E A Mulher Morta"

yarumo

auréola fina grená crisântemo. flor de ouro: crisântemo. podendo te banhava de ouro. branco. fino. podando unhas e cabelo. não param de crescer! vai sair hoje? não, né. preferes dormir mais um pouco. tudo bem, meu amor, descansa. esse engole engole bruto citadino mesmo te fazer bem não vai. então descansa. mais um pouco. saio rapidinho pra comprar o pão e já volto, tá? Tens fome? não? tudo bem minha vida, não precisas comer se não tens fome, não precisas. olha, mais tarde faço um copo de leite bem quentinho e deixo aí bem ao seu lado na mesinha, mas se a fome não vier, não há problema. não precisas, comer se não tens fome não precisas. há biscoitos oito dezoito louros brotos pontos contos chocolate. pior coisa é se forçar comer quando não se tem fome. copos e copos de leite. copo de leite é uma flor. zantedeschia aethiopica. encho de copos e copos ao redor de sua cama. brancos, muito brancos. e aquele vestido branco comprido puro que irei te vestir inda não tá pronto. precisas dele. eu sei, eu sei, mas já vai acabar. estou bordando minúsculas mil e umas gotas de avelã alva fina. sei que precisas ir, mas só vai se for vestida nele! não há o que discutir. e tenho mais tempo contigo e podes ficar em minha cama e demoro mais um pouco e ficas assim mais tempo e te contemplo mais e ficas deitada sobre e tens pés frios e fica mais um pouco e não se vá e falta pouco pro vestido e ficas esperando e apronto ele amanhã e ainda dormes e prometo que de amanhã não passa e roo as canaletas emadeiradas da janela e tens que ficar mais um pouco e... não tem problema minha filha, filhinha querida. sou toda tua no que precisares, descansa em paz. escuta astuta catita trinitando tanto aí em baixo. tanto barulho. não, não, não irão te devorar. banho de rosas sobre teu corpo pungente pequeno pontudo. estás tão pálida. vou te maquiar. melhora a roxidão debaixo dos olhos. a das unhas? não, não, não são roxas meu doce, é impressão tua. também quer que as pinte? tá certo, acho que rosa claro, bem clarinho, que nem as flores de embaúba ao chão. caem melhor na cor pra uma criança. caem aos montes no quintal. a embaúba tá cheia de formigas. preciso limpá-la. não se preocupe filhinha, sou sua mãe e não vou deixar esse formigueiro lhe invadir. bicho asqueroso nojento de pintas vermelhas e pretas. vai ferrar a puta que te pariu! peçonha maldita, em sua coletividade são tão sozinhas. sempre ao trabalho e seguindo uma trilha, se perdidas, eternas perdidas, e não sentirão falta e não se assombrarão e não chorarão e nenhuma outra sentirá falta e irá ao seu encontro lhe socorrer e lhe trazer de volta. e trabalham ao eterno e sempre trabalharão e nunca terão um amor ou companhia ou felicidade porque sempre seguirão a trilha uma atrás da outra exercendo apenas sua função de carregar folhas e perfurar caminhos e nunca verão a luz a não ser a que sai de dentro do cu da que tá na frente. inseto desgraçado. e esse trinitar desgraçado que não pára e essa merda de fedor que exala da bunda dessas formigas... o que? minha filha não fede! quem fede são os ratos no porão! calma minha filha, descansa. não se perturbe. são uns loucos que querem me por vozes na cabeça. mas já passou. calma. vou te cobrir.