sexta-feira, 2 de outubro de 2009

onde

tu tá, tatu?
tá tu com a minha sobre asfalto?
medo do vazio
terei dedos anterior ao complemento?
gerei cedo e não consegui o momento
tudo se sabe
a respeito de crinas moles e desgastas
arrombamentos de camisa furada
versos decaídos do estômago

tenho medo
não sei como prosseguir
me ajuda a sustentar os fios, fantoche
já quero me maquiar

será tudo ilusão?
não, quero viver!

mas tudo é rápido se consome
em graça graxa engrossa cachaça
mesmo que por pouco tempo
me dê as palmas de nuvens pra caminhar

soaram de onde?
rápidos cristais pontiagudos em ferir
fujo da angústia
e ela me convém

afasta de mim esse cálice

apegado prego fincou mamute em pata
e de lá nunca saiu
mamute imbecil, ignóbil em tirar fino espinho de entre dedos
que dirá, prego?
resmungarás ranhos de carícia e sangue?
retira de mim a imprecisão
de pisar firme embaixo de sete cabeças
sete mortes: norte sem ilusão
sete esmagos sobre ferida carcomida
sete ribaltas sobre fôlego
sete transformações fulgurais
sete sobrepujadas sobrenaturais
sete vidas: pulo sobre nuvens

sete emanações do bem
sente contrações no ventre
de não respirar mais tão podre pastilha
partilha tua náusea com o agrião
e tenta respirar
?

agirão de fato sobre cabeças hábeis em não querer mais
cabeças hábeis em querer mais se envolver
?
em novelos pré-editados dou minhas calúnias e as reverto em luz
cor de neon
dor em um dom
sinto muito não saber
mas de onde se perde tão facilmente novelos de fugir?
repetirei o ás
tomara que caia toda a mesa
e se espalhem declamações
de abastancia
de num querer mais
suplantar cemitérios
sem mistérios esquinas cortam curvas
e supra-se
insufla-se
bifurcação
pra onde parto e vôo
são conjugações delineadas
sobre tela invisível
e pincéis de algodão.

algo não me convenceu
e me comovi um pouco mais

Um comentário:

Unknown disse...

Não entendi nada; e talvez, se tivesse entendido (se isso fosse possível), teria gostado menos. :)